3 de janeiro de 2016

O primeiríssimo de 2016



                                    * imagem de leitores-anonimos-br.tumblr.com * 


Vim falar da minha segunda trilogia favorita, mas especificamente o segundo volume que acabei de terminar. 

Eu amei o primeiro livro e amo toda a trilogia, uma vez que já li e estou relendo- a agora. Esse livro é meio entediante, eu confesso! Porque a leitura se arrastava e eu achava que era só eu que pensava isso até procurar umas resenhas na internet, mas não, todo mundo acha a Julia bem chata, porém não coloco a culpa toda nela, Gabriel também não colabora muito mesmo mantendo o jeito de corteja-la que é muito atraente. 

Uma coisa que sempre faz com que eu siga com a leitura desse livro, o que é também o tema principal, que é Dante, nunca tinha ouvido falar e me apaixonei. Também há uma ótima seleção de musicas, pinturas e esculturas maravilhosas. Muita gente diz que ele se parece com cinquenta tons de cinzas, mas não concordo 100% com isso, pois acho esse segundo livro parecido, mas bem pouco. Também descobri recentemente que o livro foi escrito e lançado antes de cinquenta tons, então, não existe plagio algum. 

Mas falando sobre esse livro... Julia era aluna de Gabriel e o romance entres ele começou quando ainda estava tendo aulas, logo é uma coisa ilegal e a Christa denuncia os dois para a universidade, que entram numa investigação afim de descobrir quem estava tirando proveito dessa relação, mas por proteger a Julia, Gabriel acaba aceitando toda a culpa com a condição de se afastar dela, sendo que ela não sabia desse acordo e achou que ele a tinha abandonado. é um dramalhão até que eles se reconciliam e acaba o livro com eles em sua lua de mel. 

É muito difícil não associar os livros a religião, pois fala-se muito de Deus e porque Gabriel acha que não merece nenhuma das coisas que acontecem de bom na vida dele e que acreditava não poder ser feliz ou perdoado por seus erros até reencontrar Julia. Sempre penso nessa trilogia como algo para nos manter próximos de Deus, algo passa a mensagem que Ele nos concede sua graça e misericórdia, trazendo paz de espirito e tem uma parte do livro que eu não poderia de deixar fora pois é o que me leva a ter esses pensamentos. Julia comenta com Gabriel uma passagem do livros 'Os irmãos Karamazov' que é justamente sobre a criação de Deus porque Gabriel fica em duvida se deve ou não acreditar na existência de Deus e é um dos irmãos também não acredita ou acha que Deus é mau pois há muita maldade no mundo.

     " - Ivan dá a Alyosha uma lista de motivos para provar que Deus não existe ou, se existe, que é mostro. É uma discussão muito pungente e passei bastante tempo pensando sobre ela. Mas você se lembra de como Ivan conclui sua argumentação? Ele diz que, embora rejeite a criação de Deus e este mundo, ainda há um aspecto dele que considera surpreendentemente belo: as folhinhas pegajosas que desabrocham na primavera. Ele as ama, por mais que odeio o mundo ao redor delas. Essas folhinhas não são a fé ou a salvação. São resquícios de esperança. Elas o impedem de cair em desespero ao demonstrarem que, apesar de todo o mal que vira, ainda resta ao menos uma coisa bela no mundo." - Página 100.

E isso me mostra que devemos sempre procurar coisas boas em nossa vida de forma que sejamos gratos por ela ou algo que de fato nos deixe fortes, com esperança. Em toda a trilogia fica claro que Gabriel muda suas atitudes por causa de Julia, pois ele reconhece o lado bom dela e deseja que fosse bom como ela é, e isso acaba o modificando. E nesse livro Gabriel não parece um viciado em drogas, que não se importa com as mulheres ou um pecador, ele está arrependido e o que deixou forte o suficiente para mudar foi a presença de Julia, sua folhinha pegajosa.

Esse livro me aproxima de Deus, e talvez as minhas folhinhas pegajosas sejam o amor que está acima de tudo e pode tudo nesse livro e em outros romances que leio, sua me dá esperança de um mundo melhor.

Nenhum comentário:

Postar um comentário